A Justiça autorizou a exumação do corpo do bebê J.R.P., após troca ocorrida no necrotério do Hospital Manoel Novaes, em Itabuna. A liminar foi concedida pelo juiz Gláucio Rogério Lopes Klipel, da 4ª Vara dos Feitos Relativos às Relações Institucionais Cíveis.
A troca dos corpos de famílias de Itabuna e Ipiaú ocorreu no último final de semana. J.R.P foi enterrado no Cemitério Campo Santo, em Itabuna. A provedoria da Santa Casa reconheceu que houve falha nos protocolos do Manoel Novaes.
Durante reunião na manhã desta segunda-feira (17), foi assegurado apoio e assistência as famílias envolvidas, a exemplo do custeio das despesas da exumação, translado e serviço funerário.
O provedor da Santa Casa, Francisco Valdece, lamentou o ocorrido no hospital pediátrico. “Pedimos desculpas pelos transtornos causados às famílias. Houve falha no protocolo de liberação do corpo, o que contribuiu para a ocorrência constrangedora e inaceitável. Por isso, abrimos um inquérito administrativo para uma investigação preliminar do corrido”, disse o provedor Francisco Valdece.
PERDA
Na manhã de sábado (15), ocorreram dois óbitos nas unidades de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Manoel Novaes. Jociel da Paixão e Vanúzia Reis são moradores da cidade de Ipiaú e pais de uma das crianças falecidas no hospital pediátrico.
Eles estavam com o filho internado há 45 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do hospital. Ao chegar a unidade hospitalar, a mãe da criança não reconheceu o corpo como sendo do filho.
O departamento jurídico da Santa Casa de Itabuna foi acionando pelo serviço social do hospital e passou a acompanhar o caso. O jurídico identificou os pais da criança de iniciais J.M.H.D, de 1 mês e 28 dias, que havia falecido no mesmo dia com suspeita de Covid-19.
“A identificação foi realizada pelas mães dos dois recém-nascidos. Josélia da Hora Pereira reconheceu o corpo de J., como sendo o corpo do seu filho, momento em que a sra. Vanusa Reis dos Santos, expressou verbalmente que não se tratava do corpo do seu filho”, informou o hospital.
EXUMAÇÃO
A nota da Santa Casa ainda informa: “Considerando que já houve o sepultamento de um dos menores, com os dados trocados, o corpo aqui identificado pelas iniciais J.M.H.D, não foi liberado para sepultamento, diante da necessidade de autorização judicial para exumação do corpo do bebê J.R.P e respectiva correção de dados, o que será levado a efeito em conjunto pelo jurídico da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna e os advogados que assistem as famílias”.
A direção do Manoel Novaes, em nota, informou que “não medirá esforços para continuar a dar assistência aos familiares, prestar todos os esclarecimentos necessários e ainda verificar a necessidade de adequação dos processos internos adotados no hospital”.
Fonte: Pimenta.blog.br
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